8.1.05

 
Que bom que é, agora que passou a euforia à volta dos Toranja e da sua bela Carta, recuperar o CD Esquissos da gaveta e desfrutar dele sem essa sensação de que simplesmente seguimos uma maré.

7.1.05

 
1ª Vez
Corria o Ano de 1998, como adolescente Ricardo Borges entrava na Sala de mão dáda com o já carismático Querido. Ao ver tão grande satisfação e euforia, a Professora de matemática xuta:

- Ricardo importa-se de sair
- Não fiz nada, queira aceitar as minhas desculpas...
- Não faça perder tempo aos seus colegas. Rua

A sua professora de estimação mandara o embora, ele que mostrava sempre os trabalhos de casa, que dava o seu tom de charme, que lhe conseguia arrancar sp um sorriso via se na rua, pela primeira . Há saida da Porta retrocede :- isto não fica assim!!!
(....)
Final da Aula quando todos iamos para o recreio, o Ricardo entra e foi nesse momento que até os dia de hoje ninguem sabe explicar ao certo o que se lá passou... Porta fechada ouvia se barulhos e grunhos estranhos que niguem sabia dizer o Moreira encostava-se a porta preocupado. E todos os elementos da turma comentavam:

Gogo: Foi Merecido
Potra: Ele não devia ter abusado tanto
Moreira: Xiiuuuuuuu deixem ouvir
Regina: Coitadinho dele...

Ele saiu Vermelho lá da sala e ela, com um ar mt preocupado e compremetedor. O silencio era rei...e nunca se soube o que ele lhe fez, depois tudo voltou a normalidade:

Carla Ramos - Ora como podem ver a área do rectangulo é comprimento x largura
Ricardo - Se fizermos largura x comprimento tambem chegamos lá, stôra.
CR - Muito bem Ricardo....

P.S.- Em relação ao Querido, tb xorou um dia. Se ela não lhe desse um 10, ele não ia para Loret...


6.1.05

 
No Avião...

A viagem era para ser rápida, mas nunca um voo entre Lisboa e Paris se tornou tão longo para a mulher que se sentou entre o Pargas e o Gogo. Devido ao atraso deste último, não conseguiram dois lugares juntos, o que originou uma vítima inocente naquele avião.
Ali estavam os três, lado a lado, com a mulher no meio. As primeiras escaramuças começaram na ocupação dos espaços:

- Vou chegar-me mais para a frente. Ponho logo os cotovelos aqui e assim e na hora da comida já estou em vantagem. - pensou o Pargas, ajeitando-se na sua posição de ataque... à comida!

- Este senta-se com as pernas abertas, se encostar o joelho nas minhas pernas, eu... Parece que já se está a preparar para dormir. Só espero que não comece a roncar. - pensou, por seu lado, a mulher a respeito do Gogo. - E este outro grandalhão? Quanto tempo demorará para meter conversa comigo? Já me examinou toda, e nem disfarçou. Deve ser daqueles que...

- A sehorita quererá ler um jornal? - perguntou o Pargas estendo A Bola à mulher.

Menos tempo do que eu esperava, pensou esta.

- Não, obrigada.
- São apertados estes bancos, não é?
- Sim, horríveis.
- Vai para Paris?
- Sim, vou.
- Que pergunta parva! Se não fosse, não estaria neste avião, não é verdade? Pargas, Pargas.

A mulher levou algum tempo a perceber que Pargas era o nome dele e que ele se estava a repreender pela parvoíce.
Depois, e para horror da sua infeliz companheira de viagem, o Pargas começou a contar que ia a Paris para ser operado aos ouvidos.

- Comecei a ouvir mal de repente. O médico disse que eu já estou assim há muito tempo, mas eu cá continuo a achar que isto começou desde que a Júlia Pinheiro começou a fazer os relatos do meu Sporting. Por isso vou a Paris. Lá é que percebem destas coisas. Enfim, é a vida, não é?

A mulher concordou que era a vida. O Pargas pareceu ficar consolado com o facto e resolveu mudar de assunto. Quando serviram a pequena refeição, ele já tinha contado tudo a seu respeito. A mulher nem desconfiava que alguém pudesse fazer carreira em esferográficas. O Pargas teve que levantar a bandeja e a mesinha, sob a ameaça de derramar Coca Cola Light sobre ela, para tirar da carteira um cartão com o seu nome e, embaixo, "Esferográficas".
O Pargas comeu tudo da sua bandeja e ainda a sobremesa que ela não quis. Repetiu a Coca Light, deu um arroto que ele mesmo recebeu com um severo "Pargas!", como se fosse a própria mãe, e perguntou:

- A senhora tem algum programa para hoje?
A mulher, incrédula:
- Mas hoje não é o dia da sua operação?
- Que operação? Ah, não! Isso é só às cinco. Às sete já devo estar despachado. Podemos jantar e...
- Não!
- Hum?!?! - O Pargas assustou-se com o tom do "não".
- E há mais - disse a mulher.
- O que foi?
- Vocês fizeram o check in depois de mim, não foi? Por isso não tiveram lugares juntos.
- Sim...
- Então como é que eu fiquei no meio? Eu é que devia ir do lado da janela! Porque é que o senhor está na ponta?
- Sei lá.
- Pois é...

Os dois ficaram em silêncio, o Pargas a olhar para ela e ela para a frente. Finalmente ele falou:
- Talvez só um cafezinho?
- NÃO!

E ele não disse mais nada... a ela. Porque o resto da viagem ele passou a dizer para si mesmo "Pargas, Pargas", num tom que ia do crítico (o que foi que fizeste desta vez?) e o carinhoso (pobre de mim, pobre de mim).

E, como se não bastasse isso, o Gogo, a fingir que dormia, não parava de esfregar o joelho na sua coxa.
- Ai, que raça! Xiça!!! - pensou a mulher.


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