24.3.05

 
Há muitas coisas que nos espelham. A nós, à vida que levamos, às pessoas de quem nos rodeamos.
A minha secção de CD’s espelha a multiplicidade que mora em mim. É hábito que as últimas audições fiquem perdidas por cima da própria aparelhagem, como um registo dos últimos dias que vivi. Neste momento, lá estão os Toranja, os Da Weasel, o Abrunhosa e os Mamonas Assassinas, todos juntos e empilhados numa coluna. Na outra, Charlie Parker e Richard Clayderman.
No meu mundo, a música clássica tem lugar perto do hip hop e as letras mágicas do Abrunhosa não ofuscam a estupidez contagiante dos Mamonas.
Eu sou assim, desarrumado. Um bazar de pensamentos e sensações. E as chávenas de café esquecidas no parapeito não explicam as insónias que me têm atormentado.

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