23.4.05
20.4.05
19.4.05
O meu Eu leitor tem uma regra de ouro: não leio para agradar a mais ninguém que não a mim mesmo; não leio o que está na moda só por estar; não leio o que não me dá prazer, por muito conceituado que seja. Por isso mesmo, fui hoje derrotado à 28ª página do “Memorial do Convento” do nosso Nobel José Saramago. Não compreendo, se desligados os holofotes da ribalta política em que estes prémios sempre se inserem, como é possível considerar como um dos melhores escritores do Mundo alguém que pura e simplesmente assassina a língua materna. O Sr. Saramago, por pura comodidade mascarada de estilo e cunho pessoal, pontua os seus textos de uma forma que considero perfeitamente desrespeitosa para os leitores. O resultado é um texto denso, maçudo, sufocante. Os diálogos diluem-se nos parágrafos. Lembram-se da vossa professora primária quando nos ditados dizia: “… blá blá blá e o João disse; dois pontos, parágrafo, travessão, muda de linha.” (nunca percebi porquê que ela dizia o muda de linha depois do travessão mas enfim…) ?? Esqueçam isso. Seguindo o exemplo desse mago da escrita, a coisa resolve-se com uma vírgula e uma letra maiúscula a seguir e está feita a diferenciação para o diálogo! Extraordinário… Incorrecto??! Não! Então, o homem é um Nobel, pela vossa rica saúde.. Aquilo é de quem sabe bué disto. Nós, os outros, é que somos banais porque seguimos a gramática. Ele é um génio porque não sabe pontuar.
Tenho a certeza absoluta de que tão cedo não pego num livro desse senhor. E os intelectuais que me olhem de cima se quiserem. Não me importo. A leitura para mim é, e vai continuar a ser, puro prazer. Fiquem eles com as frases de vinte ou trinta linhas.
(E lembrar que Jorge Amado morreu sem um Nobel…)
18.4.05
LANÇAMENTO DO LIVRO ------ "Prosas e Poes(i)as" de Lobo Mata
Dia 26 de Abril, pelas 19:00 horas
EXPOSIÇÃO DE PINTURA
LOBO MATA
Pavilhão de exposições da Junta de Freguesia de Benfica
26 a 30 Abril de 2005
P.S. Para quem não sabe, Lobo Mata é o meu pai....
17.4.05
Já não és tu que andas,
é a paisagem a passar por ti,
Já não és quem corre atraz de fantasias,
mas sim para abater certas e determinadas calorias,
Já não és aquele que esqueceu,
como tudo isto aconteceu,
Já não vives na lua,
caminhas sim de rua em rua,
Já não vives do passado nem do teu sorriso,
embora quando o vejo, paraliso,
Já secastes as lágrimas no dia a dia,
embora apareçam em momentos de Euforia,
Já não és tu nem sou eu,
a razão pela qual este post apareceu,
Já não sou eu que escrevo é ao meu pensamento que o devo...
