24.4.07

 
Pois é!!!

No dia que o meu amigo Pedro Jorge, para os amigos, Moris Becker, decidiu unilateralmente deixar de escrever neste nosso espaço PEGEBENIANO, eu volto a deixar umas linhas depois de recuperar a minha password, já há muito perdida!!!

OK, não ficaram felizes, mas como diria o Paulo "Tranquilidade" Bento, estou como vontade férrea de escrever coisas estúpidas e ignorantes, mas com muita tranquilidade.

Mas vamos ao que interessa... Srs Pegebenianos: Gito, Pipas, Popo, Nita, Pargas, Gogas, Manha, Laranjo, Moris, Calu e Marokas( este já não vejo à muito tempo) e eu próprio temos que voltar a deixar este espaço como um espaço de bravura como ele foi concebido e libertar todas as nossas divagações aparentemente parvas à leitura dos transeuntes! Sim, eu sei, que tudo são recordações - como diz a música! - mas francamente, não me digam que já estão caretas e cansados de bravar!? Bravar sempre foi o nosso lema e principal objectivo! Por isso deixo aqui o repto ( bonita palavra): vamos voltar a tourear por este país fora!!!!

E tu Moris... não nos deixes porque os teus textos são mais importantes que uma figura cobarde e estupida! Afinal de contas vais dar mais importância a quem não a tem ou ao teu grupo de amigos sempre presente!

Aquele abraço

Buda

 
Tive o privilégio de ir ao Maria Matos na passada semana ver a Dúvida. Uma peça muito muito boa, onde confirmamos o Diogo Infante como um dos nossos melhores profissionais, e quase nos comovemos com a forma como Eunice Muñoz mais nos parece uma continuação do próprio palco.
A peça, muito resumidamente, trata de um padre que é acusado de pedofilia. Padre esse que, numa das suas homilias, escolhe o Boato como tema de oração. E num texto sublime, o boato é comparado a uma almofada de penas esfaqueada e deixada ao vento; e a tentativa de o parar, ao vão esforço de - passado algum tempo - tentar reunir todas as penas de volta para dentro da almofada. O boato é corrosivo. O boato é indefensável. O boato não tem rosto. O boato tem tanta força, quanto mais importância lhe é conferida.

Aqui, neste mesmo blog, fui há uns anos atrás vítima de um boato. Insinuações maldosas e na cobardia do anonimato, que me acusavam abertamente de infidelidade, e faziam crer que teria uma relação paralela.
O boato deixa sempre um qualquer vestígio. Por mais que se tente ignorá-lo, é inerente à essência humana permitir-lhe um espaço em nós. E o pior erro é tentarmos defender-nos dele. Esse foi o meu erro na altura. Expus-me em demasia e abri flancos. De ataque e de dúvida. Os quais não consegui nunca controlar. Sermos alvos de inveja e ciúme exige de nós a maturidade que na altura não tive, e talvez agora continuasse sem ter.

Porque não consegui jamais aqui escrever do modo sincero que gostaria, porque me revolta o simples pensar que quem me feriu continuará sagazmente a ler os meus textos, e só não os comenta porque não voltei a ter do meu lado o seu objecto de desejo, assino hoje este que é muito provavelmente o meu último post no PGBlog. Três anos e meio depois do primeiro, mais de 500 posts depois, abandono este que deve constar na lista dos mais antigos da Blogosfera nacional. Ainda que seja nos 100+. Ou nos 1000+. Não importa. Para mim será sempre o Nº 1 da minha lista de Favoritos, pelos vazios que durante estes anos foi colmatando. Um excelente escape. Muitas vezes a única forma de saber que vocês continuam vivos.

Aos que me leram, Obrigado. Eu, como diria o outro, andarei por aí. Com outro nome, em outro espaço, em outro tempo. Ou já neste talvez.

Assim me despeço, como em Setembro de 2003,

Até Sempre.

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