PGBlog

Eu que sou um gajo vivido, culto, viajado, lido, já vi muita coisa estúpida nesta vida. De facto a parvoíce convive connosco de um modo desavergonhadamente descomplexado. O pudor desapareceu da cabeça das pessoas! Bem, mas quando o pessoal acredita piamente que já nada nos surpreende, há sempre uma mente ainda mais deficiente do que achávamos possível a ter uma das suas ideias luminosas. Meus caros, haverá algo mais absurdo do que um festival INTERNACIONAL de anedotas alentejanas??? Está-se mesmo a ver que mais anedotas do que sobre o Bush, os americanos só têm mesmo é anedotas sobre o ti Manel. E na Escandinávia?! Aquilo é que é uma pândega pegada quando um sueco se vira para um finlandês e pergunta porquê que o alentejano põe um pijama para andar de mota!

Eu, que sou um tipo até razoavelmente sociável, confesso ter uma limitação nesse campo.

Quem já comigo partilhou um espaço para dormir, terá eventualmente comprovado que há algo com que eu não suporto coabitar enquanto durmo: insectos. Melgas, mosquitos, moscas, abelhas, seja o que for: tudo o que fizer um bzzzz aos meus ouvidos tem de morrer para eu conseguir dormir. Tudo isto por causa duma estória (não me consigo conformar com esta de agora haver estória e história – deve haver alguém que não tem mesmo mais nada para fazer neste país senão chatear a mioleira ao povo!) duma prima minha que certo dia lhe entrou uma mosca ou uma joaninha ou coisa do género para um ouvido e não conseguia sair. E o desgraçado animal lá batia as asas aflito provocando aquilo que eu acredito ser uma tortura superior àquela goteira que se usa para torturar presos, ou até mesmo à mais comum tortura do sono. E assim, por causa de um ser - que eu nem sei quem foi - que teve a brilhante ideia de me contar isso enquanto menino e moço (imberbe como diria a Dra. Borgita), lá andava eu hoje, às 2h30 da matina, de pé sobre a cama e almofada em riste na autêntica caça ao bicho.

Já agora, e em jeito de serviço público, quando vos entrar um bicho desses para o ouvido deitem-lhe umas gotinhas de álcool que parece que é remédio santo.