28.2.07

 
Conheci o João Pedro há menos de 1 ano, num jantar de ex-colegas de Curso, na Maracanã em plena Lisboa. Sentou-se à minha frente, e o sorriso franco não me era de todo estranho. Quando se levantou para ir comprar tabaco, explicaram-me então que, para além de se ter cruzado comigo nos corredores da Faculdade durante 5 anos, trabalhava no mesmo sítio que eu. Aí então lembrei-me do Encontro de Quadros da Empresa, em que nós como Estagiários nos apresentámos, e aí sim revia o João Pedro. O resto do jantar foi a partilhar vivências e experiências dos escassos meses de obra de ambos, com o sotaque açoriano dele a temperar a conversa, ao longo do jarro de sangria que lá fomos entornando.
Voltei a encontrar o João Pedro umas semanas mais tarde na sede da Empresa, para avaliações. Mais me convenci de que estava correcto na primeira análise acerca da postura e fantástica pessoa que ele era. Dias depois disseram-me que o João Pedro, açoriano, tinha ido dirigir uma obra para a Madeira. Ironicamente na mesma altura em que a namorada tinha vindo para Lisboa estudar.
Há menos de 15 dias reencontrei o João Pedro. Mais uma vez na sede. Mais uma vez com o sorriso sempre estampado no rosto, mostrou-me fotografias da obra que tinha acabado de fazer à beira mar, a provocar em mim a inveja da bela e relaxada vida que levava na Madeira.
Hoje apaguei o número de telefone do João Pedro da minha agenda no telemóvel. Morreu no Domingo, a fazer pesca submarina.

Desde o início do ano, é a sexta pessoa do meu círculo de vivência que morre. Uns mais próximos que outros naturalmente. Quando morre uma pessoa velha, nós sofremos mas aceitamos. Quando morre alguém que vive desregradamente, nós sofremos mas compreendemos.

Quando morre um jovem da nossa idade, com um futuro em pleno aberto à sua frente, e que ainda para mais era um ser humano irrepreensível, todas as esperanças no sentido da vida caem por terra.

E fico eu a maldizer todo este tempo que estupidamente deitas à rua, e que espero que um dia o venhas a chorar.

27.2.07

 
Das coisas mais ridículas que existem é alguém a cantar empenhadamente uma qualquer música sem saber a letra correctamente. E que fazer quando, depois de N concertos, muita areia comida, muito sovaco nas trombas, e muitas muitas pisadelas, descobrimos que a letra dos Xutos não diz "De Bragança a Lisboa são 9 horas de distância. Queria ter um avião, para lá ir mais a miúda", mas sim "para lá ir mais amiúde"?!!
Que fazer agora?? Tentar educar-me a colocar essa rural palavra onde o meu cérebro instintivamente cantarola esse termo tão rocker como é "a miúda"? Ou borrifar-me para isso e continuar a cantar a minha versão francamente melhorada da música?
Epá, e muito sinceramente, ó Tim: quem raio põe a palavra AMIÚDE numa letra duma música?? É que se fossem os UHF a malta ainda perdoava, até porque ninguém ia ouvir mesmo.. Mas Xutos é Xutos, e AMIÚDE é uma palavra assim.. digamos que.. estúpida!

25.2.07

 
É possível desejar-se tanto um telefonema que se chegue a sonhar com ele?

Sim, é!

 
Graças à alma "carinhodosa" da APL, a banda sonora do meu fim-de-semana é Ive Mendes. Simplesmente deliciosa!

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