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Hoje a despedir-me duma senhora decorreu este belo diálogo:

EU: Até amanhã.

SENHORA: Até amanhã. Se Deus quiser..

EU: Há-de querer..

SENHORA: Sim, Deus queira que sim.

Portanto, Deus queira que o Deus queira que eu amanhã veja a senhora. O que leva a interrogar se não haverá assim um Deus chefe e um Deus subordinado. E será que o Deus subordinado também faz descontos para a segurança social e para o Estado? Será que o Deus subordinado também descontou quase 7.000€ como eu durante 2006 para tretas que nem se sabe se algum dia servirão para alguma coisa, e quando apresenta o IRS descobrem que até dá jeito que pague mais 200€??

Tudo isto quando se sabe que tudo o que é organismo público funciona de uma forma completamente ausente de sistemas de gestão e controlo de custos!

Agora perguntem-me que raio tem isto a ver com o episódio da senhora: nada! Não ia escrever nada disto. Mas é que esta semana estou assim um bocadinho revoltado..

Depois de ver alguns minutos da estreia do novo reality show "A Bela e o Mestre", juro que gostava muito muito de ter um aspecto positivo a citar. Mas desisto. Para além de ser a humilhação total (e pior que isso, consentida!) das mulheres que ali estão, traz de novo o Rui Zink à TV. Ele que é daquelas personagens que eu pergunto porque raio tem lugar de prestígio entre nós. Um professor de uma das mais conceituadas faculdades nacionais na área de letras devia ser fortemente criticado por aparecer num cenário destes. Mas de facto neste país só os políticos são criticados. As pessoas nunca mais percebem que os grandes países têm de ser grandes em todos os escalões, e não só ao nível de quem governa.